“Substâncias químicas persistentes” foi tema de debates e estudos que ressaltam o fato de crianças estarem mais expostas ao risco

Nos últimos anos, é crescente a preocupação na União Europeia com a contaminação do solo e seu impacto significativo na vida humana. O problema transcende as fronteiras geográficas e afeta comunidades urbanas e rurais, colocando em risco a saúde e o bem-estar especialmente das crianças.  

Um mapa divulgado em 2023 por um consórcio de investigação e jornalismo europeu liderado pelo The Guardian e publicado pelo site português Público, em reportagem de autoria de Andréia Azevedo Soares, apontou os locais onde se identificam a contaminação de PFAS, considerando uma presença de 10ng/l (nanogramas por litro) ou mais.  

A contaminação do solo na Europa pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo atividades industriais, práticas agrícolas intensivas, vazamentos de produtos químicos e descarte inadequado de resíduos.  

Essa contaminação muitas vezes resulta na presença de substâncias tóxicas, como metais pesados, produtos químicos industriais e pesticidas, que podem representar riscos à saúde humana, em especial para as crianças, devido à sua maior suscetibilidade aos efeitos nocivos dessas substâncias. 

Uma das preocupações mais graves é a exposição das crianças a contaminantes do solo enquanto brincam ao ar livre. Mas também a contaminação do solo pode afetar a qualidade dos alimentos cultivados nessas áreas. 

Substâncias químicas persistentes 

Os Ftalatos e os PFAS (perfluoroalquil e polifluoroalquil) são substâncias químicas amplamente utilizadas em uma variedade de produtos de consumo, como plásticos, cosméticos, produtos de higiene pessoal, revestimentos de alimentos e materiais de construção. No entanto, devido à sua persistência no ambiente e aos potenciais efeitos adversos à saúde humana e ambiental, essas substâncias tornaram-se preocupações significativas em relação à contaminação do solo na Europa. 
Os ftalatos são conhecidos por serem disruptores endócrinos e podem afetar o desenvolvimento hormonal, reprodutivo e neurológico. Entram no solo através do descarte inadequado de resíduos, vazamentos de produtos e degradação de materiais contendo ftalatos. 

Já os PFAS são compostos químicos resistentes à degradação ambiental e persistentes no solo por longos períodos. Eles têm sido associados a uma série de problemas de saúde, incluindo câncer, disfunção hepática e problemas de desenvolvimento. A contaminação do solo por PFAS geralmente ocorre devido ao uso de produtos químicos industriais, incêndios de combustíveis de aviação e descarte inadequado de produtos de consumo.  

O que fazer com o solo contaminado 

Enfrentar esse problema requer medidas urgentes em níveis local e nacional, em todos os continentes, como a implementação de regulamentações mais rigorosas para proteger o solo e a água subterrânea contra a contaminação, e a educação pública sobre os riscos associados à contaminação do solo e as medidas para reduzir a exposição. 

A identificação e remediação de locais contaminados é outra medida de grande importância e uma das especialidades da BTX. Para conhecer mais sobre o assunto, leia o artigo de Alexandre Chiarini, geólogo e diretor técnico da BTX, que aborda estratégias para recuperação de solos contaminados por substâncias emergentes. No texto, Chiarini explica que medidas cuidadosas e especializadas garantem a eficácia na remediação de contaminantes emergentes, protegendo o meio ambiente e a saúde pública.

Se você suspeita de contaminação no solo de um terreno, consulte nossos especialistas.