São Paulo 471 anos: equívocos históricos exigem remediação
Impactos ambientais de atividades comerciais e industriais do século passado continuam exigindo diagnóstico e remediação ambiental
A cidade de São Paulo comemora mais um aniversário no dia 25 de janeiro. 471 anos. Para nós, geólogos e engenheiros ambientais da BTX, é sempre um momento de reflexão sobre a formação geológica da cidade e os impactos trazidos pela rápida urbanização e instalação de indústrias.
Entre os diversos impactos ambientais, um dos que mais se destaca é a retificação dos leitos dos rios e a construção das marginais, pois os leitos dos rios tiveram seus meandros ocupados por bairros residenciais - que sofrem com alagamentos - e, muito pior, com a instalação de lixões e aterros sanitários com disposição inadequada de resíduos e aterros que ainda hoje trazem risco à saúde da população do entorno e cuja ocupação por empresas depende de remediação e complexo licenciamento ambiental.
A retificação dos leitos dos rios e a construção das marginais impactou o meio ambiente e ainda hoje é necessário realizar projetos de remediação ambiental em aterros sanitários com disposição inadequada de resíduos. Foto: Governo de Estado de São Paulo.
"Para se ter uma ideia da extensão do problema, a BTX já esteve envolvida em projetos de diagnóstico ou remediação ambiental de mais de 20 lixões e aterros", conta João Lucas Mazeto, diretor comercial da BTX.
Na cidade de São Paulo, diversos aterros sanitários desativados foram transformados em parques urbanos, promovendo a recuperação ambiental e oferecendo espaços de lazer à população, dentro os quais a Praça Victor Civita, em Pinheiros, o Parque Raposo Tavares, na Zona Oeste, o Parque da Juventude, na Zona Norte, e o Parque Villa-Lobos, também na Zona Oeste.
Em 1977, foto de área que se tornaria o Parque Villa-Lobos. Foto: Acervo Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Mas Mazeto explica que a transformação de aterros sanitários em áreas de lazer requer um planejamento cuidadoso, que envolve a descontaminação do solo e o monitoramento de gases, para garantir a segurança e o bem-estar dos usuários.
Entulho e material dragado do Rio Pinheiros eram depositados na área onde hoje existe o Parque Villa-Lobos. Foto: Acervo Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Óleo de motor e tambores enterrados
Outro impacto é a ocupação de empresas e indústrias que não se preocupavam com a correta destinação de resíduos sólidos e líquidos provenientes das atividades comerciais e industriais, o que levou a contaminação do solo por poluentes os mais diversos. Sem falar nas empresas que despejaram ilegalmente poluentes em rios da cidade.
A legislação ambiental começa a apertar o cerco para atividades danosas ao meio ambiente no início dos anos 90. Antes, muito óleo do motor era dispensado em fossas no fundo de oficinas. Postos de gasolina tinham tanques com vazamentos. Substâncias tóxicas eram descartadas em tambores enterrados nas próprias propriedades.
“Já encontramos metano proveniente de substâncias enterradas em terrenos nos quais já haviam sido construídos prédios residenciais”, lembra Mazeto.
Infelizmente, todos esses agentes poluentes não tratados continuam presentes na cidade de São Paulo. “Por isso, ainda hoje, precisam de um amplo trabalho de diagnóstico e de ações de remediação por conta da contaminação ambiental e os riscos de saúde para a população que mora na cidade de São Paulo", acrescenta Fernando Fernandes, CEO da BTX.
Equipe BTX atua em projeto de remediação ambiental para retirada de óleo de motor encontrado no subsolo de um edifício comercial. A suspeita é de que uma oficina de carros que no passado ocupou o terreno fizesse o descarte do óleo em uma fossa, fato que só foi descoberto anos depois, quando o edifício já estava erguido.
A BTX trabalha em defesa do meio ambiente, corrigindo equívocos históricos de empreendimentos instalados em um momento em que sustentabilidade não era considerada no plano de desenvolvimento das cidades.
Com soluções técnicas inovadoras, nossa consultoria transforma passivos ambientais em novas oportunidades para empresas e comunidades, apoiando empresas que desejam instalar suas atividades em terrenos estudados, livres de contaminação e riscos ambientais.
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