O professor Setembrino Petri partiu, deixando contribuições inestimáveis
A geociência brasileira ficou mais pobre: aos 100 anos de idade, faleceu no dia 1º de março, em São Paulo, o professor, geólogo, naturalista e pesquisador Setembrino Petri. Nascido em Amparo (SP) e formado em História Natural na USP, onde se tornou professor emérito, Petri era membro titular da Academia Brasileira de Ciências e participou do Comitê Assessor de Ciências da Terra do CNPq.
Sua vida e sua carreira foram contadas por Ismar de Souza Carvalho, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Antonio Carlos Sequeira Fernandes, do Museu Nacional, na publicação “Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno” (https://igeo.ufrj.br/inc/isc/1/1_73-De_petra_a_Petri.pdf). De acordo com os autores, Petri foi “um dos cientistas brasileiros mais importantes para o entendimento dos eventos paleobiológicos e da história geológica de nosso território”.
Carvalho e Fernandes acrescentam: “Sua história de vida confunde-se com a própria história das geociências no século 20, e nessas duas décadas iniciais do século 21, numa trajetória que demonstra uma inigualável capacidade de formulação de novas propostas científicas, contribuiu para a construção do conhecimento em nosso país”.
Fica aqui a homenagem da BTX a esse mestre que, de alguma maneira, deixou sua marca em todos os que se interessam pela geociência no Brasil. Não por acaso, o Laboratório de Micropaleontologia do Instituto de Geociências da USP tem o seu nome.